"A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida", já disse sabiamente Vinícius de Moraes. Partindo desse paradoxo que atormenta os corações de milhares de pessoas, a comédia romântica francesa que estreia nesta quinta-feira (03), "Encontros" (2019), busca traçar a jornada desses arranjos e desarranjos de destinos por meio dos personagens Mélanie (Ana Girardot) e Rémi (François Civil), vizinhos um do outro, mas que nunca trocaram um olhar.
Dirigido por Cédrid Klapisch, o mesmo de "O Albergue espanhol" (2002) e a continuação "Bonecas Russas"(2005), "Encontros"
abusa de diálogos divertidos, temáticas atuais e tecnológicas e muita
sessão de terapia, para expor as dificuldades ou facilidades em esbarrar com a tão almejada pessoa. Assim como nos títulos anteriores, o diretor amplia o leque das possibilidades de compreensão sobre por que muitas vezes o acaso precisa de esforço extra para conseguir aproximar-se duas almas.
Na trama, a conexão desses dois personagens cujos caminhos cruzam-se a todo momento, aparenta ser uma situação simples por conta da proximidade. Eles são vistos sentados lado a lado no metrô, compartilham de passos apressados na mesma ponte e até chegam a adotar o mesmo gato. No entanto, a lógica da vida não assemelha-se com fatores comuns, mas sim, pela anuência de ocorrer quando for o momento certo. Essa tensão criada pelo filme em proporcionar ao espectador um jogo de adivinhar em qual instante Mélanie e Rémi serão tragados pela potência arrebatadora da paixão, traduz de uma certa forma as nossas próprias expectativas de acreditar no ato de encontrar-se no outro o quanto antes.
Todavia, esse caminho nem sempre é tão simples, como observa-se na jornada dos protagonistas. Ambos encontram-se na faixa dos trinta anos de idade, vivem sozinhos em Paris e dividem das mesmas inseguranças, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Porém, para estarem aptos a verem um ao outro, eles precisam encontrar a si próprios, curar as feridas, para depois permitirem estarem abertos para chegada do outro, seja por meio de aplicativos de paquera ou o encontro casual tradicional.
Os atores, Ana Girardot e François Civil, ao darem vazão para interpretações desarmadas e desnorteadas, transbordam carisma para seus personagens e possibilitam uma leitura jocosa dessa anseia em conectar-se com o outro no século XXI, mesmo sabendo que há os encontros e desencontros da vida.
Na trama, a conexão desses dois personagens cujos caminhos cruzam-se a todo momento, aparenta ser uma situação simples por conta da proximidade. Eles são vistos sentados lado a lado no metrô, compartilham de passos apressados na mesma ponte e até chegam a adotar o mesmo gato. No entanto, a lógica da vida não assemelha-se com fatores comuns, mas sim, pela anuência de ocorrer quando for o momento certo. Essa tensão criada pelo filme em proporcionar ao espectador um jogo de adivinhar em qual instante Mélanie e Rémi serão tragados pela potência arrebatadora da paixão, traduz de uma certa forma as nossas próprias expectativas de acreditar no ato de encontrar-se no outro o quanto antes.
Todavia, esse caminho nem sempre é tão simples, como observa-se na jornada dos protagonistas. Ambos encontram-se na faixa dos trinta anos de idade, vivem sozinhos em Paris e dividem das mesmas inseguranças, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Porém, para estarem aptos a verem um ao outro, eles precisam encontrar a si próprios, curar as feridas, para depois permitirem estarem abertos para chegada do outro, seja por meio de aplicativos de paquera ou o encontro casual tradicional.
Os atores, Ana Girardot e François Civil, ao darem vazão para interpretações desarmadas e desnorteadas, transbordam carisma para seus personagens e possibilitam uma leitura jocosa dessa anseia em conectar-se com o outro no século XXI, mesmo sabendo que há os encontros e desencontros da vida.
CineBliss****
Ficha técnica:
Encontros (Deux Moi)
França, 2019
Direção: Cédrid Klapisch
Roteiro: Cédrid Klapisch
Produção: Cédrid Klapisch, Bruno Levy
Elenco: Ana Girardot, François Civil
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