Começa nesta quinta-feira a 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo


Um dos eventos mais aguardados do calendário cultural da capital paulista, a Mostra Internacional de Cinema, já poderá ser prestigiada a partir desta quinta-feira (17) em vários cinemas, espaços culturais, CEUS e museus, distribuídos em 27 locais de São Paulo. O festival que está em sua 43ª edição, ocorre até o dia 30 de outubro e conta com 326 títulos de diferentes países, divididos entre as sessões Retrospectiva, Homenagens, Apresentações Especiais, Realidade Virtual, Competição Novos Diretores, Mostra Brasil e Perspectiva Internacional.

Com um recorte voltado para o fortalecimento do cinema nacional, a programação dispõe de mais de 60 filmes brasileiros, com destaque para as exibições gratuitas no Theatro Municipal, nos dias 18, 19 e 20, de títulos nacionais que repercutiram internacionalmente como os premiados: "A vida invisível", de Karim Ainouz, vencedor da Mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes, e "Babenco - Alguém tem que ouvir o coração e dizer: parou", documentário de Bárbara Paz premiado no Festival de Veneza.

Tanto o filme de abertura quanto de encerramento tem DNA brasileiro. No primeiro caso, é o novo longa-metragem do diretor francês "Olivier Assayas", "Wasp Network", que além de ser inspirado na obra Os últimos Soldados da Guerra Fria, de Fernando Morais, é também produzido pelo brasileiro Rodrigo Teixeira e conta com a participação do ator Wagner Moura. Para finalizar o evento, a obra escolhida é "Dois Papas", novo filme do cineasta brasileiro Fernando Meirelles, estrelado pelos atores Anthony Hopkins e Jonathan Pryce.

A 43ª edição da Mostra também conta com títulos premiados em festivais estrangeiros tais como "Parasita", de Bong Joon-ho, laureado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes; "Sinônimos", de Nadav Lapid, vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim; "Deus é mulher, seu nome é Petúnia", de Teona Strugar Mitevska, ganhador do Prêmio do Júri Ecumênico no Festival de Berlim; "Fim de Estação", de Elmar Imanov, vencedor do Prêmio da Crítica no Festival de Roterdã; e "O que arde", de Oliver Laxe, laureado com o Prêmio do Júri na mostra Um Certo Olhar no Festival de Cannes.

Para os amantes de histórias em realidade virtual, a edição deste ano dispõe de 19 filmes em formato VR, com exibições gratuitas no Cinesesc e em itinerâncias do Circuito SPcine. Um dos destaques é para "A linha", do brasileiro Ricardo Laganaro, ganhador do Prêmio VR Experience no Festival de Veneza.

O cinema alemão será contemplado com uma programação feita pela diretora de curadoria do Festival de Berlim, Mariette Rissenbeek, com a seleção de 10 longas-metragens. Dentre os títulos vale a pena conferir "Hanami - Cerejeiras em flor"(2008), de Doris Dorrie, e "Contra a parede"(2004), de Fatih Akin.

Os homenageados com o Prêmio Leon Cakoff serão os cineastas Olivier Assayas e Amos Gitai. O primeiro será contemplado com uma retrospectiva, e o segundo, com a exibição em sessões especiais de dois de seus longas, "Berlim-Jerusálem" e "Kadosh - Laços Sagrados". Já o Prêmio Humanidade é dedicado ao diretor palestino Elia Suleiman, com a exibição de seu último longa "O paraíso deve ser aqui".

Vale a pena destacar duas sessões especiais no Auditório Ibirapuera: a primeira é do filme premiado na última edição do Festival de Cannes "O farol", que terá uma masterclass após a exibição com o diretor Robert Eggers, e um dos protagonistas, Williem Dafoe. Já a segunda, é a clássica sessão na área externa com o acompanhamento da Orquestra Sinfônica, no dia 2 de novembro, com a exibição de "O gabinete do Dr. Caligari", de Robert Wiene, celebrando o centenário do longa-metragem alemão.

Para maiores informações acesse o site: 43 Mostra


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