25ª Festival do Rio - "Vidas Passadas" introduz camadas de afeto e amadurecimento para o ideal do primeiro amor
Ao tocarmos uns aos outros somos arrebatados para o ato do afetar-se, tal predisposição entre as pessoas em algumas circunstâncias desencadeia uma série de emoções que podem ficar cicatrizadas na pele, no coração e na alma por toda a vida. Sob tal premissa, a diretora sul-coreana-canadense Celine Song constrói seu longa-metragem "Vidas Passadas" (2023), através do reencontro de dois amigos de infância Nora (Greta Lee) e Hae Sun (Teo Yoo) vinte quatro anos após terem sido separados pela distância continental entre o Oriente e o Ocidente, especificamente Seul, na Coreia do Sul e Nova Iorque, nos Estados Unidos.
Presente na Mostra Expectativa no Festival do Rio 2023, a narrativa cinematográfica que integrou a seleção oficial do Festival de Berlim e foi exibido no Festival de Sundance 2023, flerta com as distinções culturais entre tais países para alavancar à predestinação de corpos e almas para destinos entrecruzados em supostas vidas passadas.
Com um roteiro bem estruturado em que a matéria-prima dos diálogos triunfam em permitirem aos personagens esculpirem seus sentimentos profundos de uma maneira poética e amadurecida, “Vidas Passadas”, encanta a todos os corações, principalmente aqueles que foram anestesiados pelo comodismo ou ambições amorosas esquecidas em ansiarem em ouvir as vozes internas que gritam para seguirem caminhos ao lado de pessoas que os tocam a alma.
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