"Entre Mulheres" concede uma voz comunitária das mulheres sobre o debate dos alicerces patriarcais
Laureado esse ano com o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado, o longa-metragem "Entre Mulheres"(2022) da diretora, roteirista e atriz canadense Sarah Polley, expõe com precisão uma radiografia das engrenagens do sistema patriarcal da sociedade ocidental por meio de uma comunidade isolada, em sua maioria mulheres brancas de diversas idades, que são constantemente estupradas pelos homens. Como uma forma para tentarem evitar mais ataques, elas decidem reunir-se em um sótão para elegerem e debaterem os melhores caminhos para que futuras gerações não sejam submetidas pelos mesmos tipos de violências.
Como já no letreiro inicial do filme, tem-se a inscrição com os dizeres "O que se segue é um ato da imaginação feminina", apresentando as mulheres da comunidade reunidas e votando se ficam ou não no local, as consequências que tais ações podem resultar e como gostaria de serem tratadas no espaço público e privado. Nessas discussões, inúmeras questões relacionadas às pautas feministas são trazidas à tona tais como os alicerces de como o patriarcado se instrumentaliza na sociedade ocidental na forma de produção (masculina) e reprodução (feminina), a última na condição de controle e domínio desses corpos.
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