Jornada da Heroína atravessa o cinema mundial contemporâneo sob o ponto de vista feminino

 
O grupo "Jornada da Heroína" desenvolverá a partir de setembro, uma trajetória pelo cinema mundial contemporâneo sob o ponto de vista feminino. Serão discutidos filmes de cineastas mulheres que vem se destacando no cenário cinematográfico dos cinco continentes. Para esse ciclo foram selecionados nove títulos cujas narrativas possibilitam sondar as margens da invisibilidade e do silêncio que permeiam as obras de algumas diretoras, assim como temas que reverberam elementos causadores da opressão, da discriminação e da violência destinados as mulheres. 
 
Iniciaremos os encontros no dia 20 de setembro (terça-feira), com o filme  "The watermelon woman" (1996), da cineasta norte-americana Cherly Dunye, cuja narrativa ao misturar ficção com documental busca dar visibilidade para uma atriz negra e lésbica do cinema mudo hollywoodianoA reunião seguinte (04/10) também inserida em um contexto estadunidense, apresenta a questão do aborto de uma jovem que saí de sua cidade pequena até Nova Iorque para realizar o procedimento no drama intitulado "Nunca, Raramente, Às vezes e Sempre"(2020), da diretora Eliza Hittman. Partindo para o continente europeu, tem-se a análise da relação homoafetiva feminina no século XVIII, na França, com "Retrato de uma jovem em chamas" (2019), da realizadora francesa Céline Sciamma. 
 
Migrando para América do Sul, olharemos para a narrativa "A menina santa"(2004), da cineasta argentina Lucrecia Martel que aborda a temática da sexualidade na adolescência feminina e, no caso brasileiro, com a diretora Gabriela Amaral Almeida, com seu segunda longa-metragem "A sombra do pai" (2018), em que expõe o protagonismo infantil de uma menina que acredita ter poderes sobrenaturais para trazer sua mãe de volta à vida. Ainda no Novo Mundo, mas na Oceania, há o trabalho potente e provocador sobre o processo violento da colonização com a narrativa "The Nightingale"(2018), da australiana Jennifer Kent
 
Representantes do continente africano ecoam através de duas histórias, a primeira é o tocante romance entre duas jovens quenianas no filme "Rafiki"(2019), da cineasta Wanuri Kahiu. Já o segundo, parte do contexto da Guerra Civil da Argélia sob o ponto de vista de uma estudante que sonha em ser estilista e ter uma vida normal no filme "Papicha" (2019), da cineasta franco-argelina Mounia Meddow. Para encerrar essa maratona, deslocaremos para Ásia, especificamente no Japão, com o filme "Mães de Verdade" (2020), da consagrada diretora Naomi Kawase, em sua imersiva e delicada narrativa sobre o tema da maternidade.

Para quem não conhece, o grupo "Jornada da Heroína" tem como intuito discutir filmes protagonizados por personagens femininas numa forma de ampliar a compreensão sobre a condição das mulheres em diversas sociedades. 
 
"Jornada da Heroína" é um espaço aberto para todas e todos, ou seja, para todes que anseiam por transformações que visem relações igualitárias entre as pessoas. Os encontros ocorrem quinzenalmente (terças-feiras), às 20h30, via Google Meet.
Abaixo encontra-se o cronograma com as datas e os filmes selecionados.

Para maiores informações, basta entrar em contato através do Whatsapp: (11) 99648-3328 ou pelo e-mail: jornadadaheroinaemk@gmail.com 
Borá? 
 

 

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