"O homem que vendeu sua pele" aborda com provocação dois mundos distintos: o elitismo da arte e a sobrevivência de refugiados
O filme tunisiano "O homem que vendeu sua pele"(2020), da diretora Kaouther Ben Hania (A bela e os cães), indicado ao Oscar 2021 de Melhor Filme Internacional e exibido na seleção oficial do Festival de Veneza, estreia hoje nas plataformas digitais Now e no Belas Artes A La Carte. Com uma abordagem provocadora e transgressora, a narrativa transita entre dois mundos distintos: o da arte cercado pelo elitismo e o dos imigrantes permeados pela lei da sobrevivência.
Para corporificar ambas as realidades, tem-se o jovem sírio Sam Ali (Yahya Mahayni) - laureado como melhor ator em Veneza -, apaixonado por Abeer (Dea Liane), que por conta de um desarranjo do destino vê-se obrigado a deixar a amada e o país para fugir para o Líbano. Nesse novo local, vivendo de subempregos ele conhece um dos artistas contemporâneos mais cultuados do mundo da arte, Jeffrey Godefroi (Koen De Bouw), que lhe propõe fazer uma obra em suas costas.
A partir desse encontro Sam tem sua vida completamente transformada, uma vez que como pessoa síria não tinha a permissão para deslocar-se para outros países, porém, como uma mercadoria de arte ganha essa licença.
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