Depoimento da saudade do CineBliss em colocar os pés na sala escurinha e mágica chamada cinema

 


A última vez que coloquei meus pés em uma sala de cinema foi no dia 2 de março de 2020, no Cinemark Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro. Lembro-me como se fosse ontem, a chegada quase atrasada para assistir ao filme do gênero de terror "O homem invisível" (2020), do diretor Leigh Whannell, e, estrelado pela atriz Elizabeth Moss. Assim como qualquer cinéfilo, amante do escurinho e das imagens projetadas na telona, eu praticamente não tinha ideia o quanto esse momento seria um divisor de águas, marcava o fim de uma época. 
 
De um tempo em que bastava comprar o ingresso, contaminar-se pelo cheiro da pipoca estourando e adentrar em um espaço reservado para deixar-se imergir em histórias fantásticas, teorias conspiratórias, dramas de explodir o coração de emoção, radiografia de denúncias sociais, romances febris, e, claro, erupção de muito riso. Em relação ao último, sempre tive dificuldade de ir assistir à uma comédia ao lado de alguém, pois com certeza a pessoa sentiria um tanto quanto desconfortável pela intensidade e o volume da minha gargalhada. 
 
Aí como sinto saudades das inúmeras vezes em que me direcionava à sala de cinema mais próxima para esquecer do mundo. Era para mim o 'templo', local onde ninguém iria importunar-me, pelo contrário, seria acolhida por jornadas de personagens semelhantes a mim ou arremessada para histórias que despertaria reflexões nunca antes pensada.
 
Do fundo do meu coração espero ansiosamente pelo dia em que todas e todos, amantes da sétima arte, poderão colocar novamente os pés e a alma no interior de uma sala sem nenhum receio e, permitirem- se viajar novamente por universos desconhecidos e espionarem a janela do mundo chamada cinema. 
Viva o CINEMA!
Viva a ARTE! 
  

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