A diretora baiana Gabriela Amaral Almeida conhecida pelos curtas-metragens "Uma Primavera" (2010), "A mão que afaga" (2011) e "Estátua" (2014), lança hoje nos cinemas seu primeiro longa-metragem "O animal cordial"(2017), com a produção de Rodrigo Teixeira. Categorizado como slasher movie - subgêneros do terror - o filme se desenrola em um restaurante de classe média em São Paulo em apenas uma noite, quando é subitamente invadido por dois bandidos armados, no fim do expediente.
Dentro do estabelecimento encontra-se o pacato dono Inácio (Murilo Benício), a fiel garçonete Sara (Luciana Paes), o cozinheiro Djair (Irandhir Santos) e os clientes Amadeu (Ernani Moraes), Bruno (Jiddu Pinheiro) e Verônica (Camila Morgado). Diante da situação do assalto em que possivelmente se teria o roubo concretizado, a narrativa se direciona para o sentido oposto, uma vez que Inácio reage e decidi dar um rumo completamente diferente para cada um dos personagens.
O restaurante um tanto quanto decadente, mas que finge ser chique, perpassa a sensação de claustrofobia com suas portas e janelas fechadas. Esse ambiente embriagado pela sensação de perigo, torna-se propício para diversos embates sociais tais como empregado versus patrão; homem versus mulher; ricos versus pobres, entre outros. Como por exemplo, logo no começo do filme quando Sara atende a mesa do casal Bruno e Verônica e a última trata a garçonete com desdém, ou, nas várias discussões entre Inácio e Djair.
As performances dos intérpretes estão em estado de graça em virtude de transitarem com maestria a ambiguidade dos personagens, cujo processo de desconstrução ao longo da narrativa permite que os desejos e violências internas venham à tona e o lado animalesco se sobressaia, em particular de Inácio e Sara. Os atores Murilo Benício e Luciana Paes, lograram prêmios referentes aos seus papéis, respectivamente, o de Melhor Ator no Festival do Rio 2017 e de Melhor Atriz no FantasPoa 2018.
Essa trágica fábula da violência na sociedade brasileira, tem no roteiro assinado pela própria Gabriela uma reflexão e provocação sobre até que ponto pode-se vangloriar em relação ao conceito de civilização. Uma vez que a força oposta desse conceito - a barbárie -, está numa linha tênue nas engrenagens dos comportamentos das pessoas. No caso de "O animal cordial", esse embate visceral é efervescido com várias sequencias banhadas de muito sangue.
Para os admiradores do trabalho de Gabriela Amaral Almeida, o IMS (Instituto Moreira Salles) de São Paulo e Rio de Janeiro, terá uma programação especial neste final de semana apresentando os três curtas-metragens citados acima. Para conferir as datas e horários é só acessar o site. Já o segundo longa-metragem da diretora "A sombra do pai", foi selecionado pelo Sundance Institute para participar dos laboratórios de Roteiro, Direção e Música e Desenho de Som, assessorados por nada menos que Quentin Tarantino, Robert Redford, entre outros.
Dentro do estabelecimento encontra-se o pacato dono Inácio (Murilo Benício), a fiel garçonete Sara (Luciana Paes), o cozinheiro Djair (Irandhir Santos) e os clientes Amadeu (Ernani Moraes), Bruno (Jiddu Pinheiro) e Verônica (Camila Morgado). Diante da situação do assalto em que possivelmente se teria o roubo concretizado, a narrativa se direciona para o sentido oposto, uma vez que Inácio reage e decidi dar um rumo completamente diferente para cada um dos personagens.
O restaurante um tanto quanto decadente, mas que finge ser chique, perpassa a sensação de claustrofobia com suas portas e janelas fechadas. Esse ambiente embriagado pela sensação de perigo, torna-se propício para diversos embates sociais tais como empregado versus patrão; homem versus mulher; ricos versus pobres, entre outros. Como por exemplo, logo no começo do filme quando Sara atende a mesa do casal Bruno e Verônica e a última trata a garçonete com desdém, ou, nas várias discussões entre Inácio e Djair.
As performances dos intérpretes estão em estado de graça em virtude de transitarem com maestria a ambiguidade dos personagens, cujo processo de desconstrução ao longo da narrativa permite que os desejos e violências internas venham à tona e o lado animalesco se sobressaia, em particular de Inácio e Sara. Os atores Murilo Benício e Luciana Paes, lograram prêmios referentes aos seus papéis, respectivamente, o de Melhor Ator no Festival do Rio 2017 e de Melhor Atriz no FantasPoa 2018.
Essa trágica fábula da violência na sociedade brasileira, tem no roteiro assinado pela própria Gabriela uma reflexão e provocação sobre até que ponto pode-se vangloriar em relação ao conceito de civilização. Uma vez que a força oposta desse conceito - a barbárie -, está numa linha tênue nas engrenagens dos comportamentos das pessoas. No caso de "O animal cordial", esse embate visceral é efervescido com várias sequencias banhadas de muito sangue.
Para os admiradores do trabalho de Gabriela Amaral Almeida, o IMS (Instituto Moreira Salles) de São Paulo e Rio de Janeiro, terá uma programação especial neste final de semana apresentando os três curtas-metragens citados acima. Para conferir as datas e horários é só acessar o site. Já o segundo longa-metragem da diretora "A sombra do pai", foi selecionado pelo Sundance Institute para participar dos laboratórios de Roteiro, Direção e Música e Desenho de Som, assessorados por nada menos que Quentin Tarantino, Robert Redford, entre outros.
CineBliss
Ficha técnica:
O animal cordial (O animal cordial)
Brasil, 2017
Direção: Gabriela Amaral Almeida
Roteiro: Gabriela Amaral Almeida
Produção: Rodrigo Teixeira
Fotografia: Barbara Alvarez
Elenco: Murilo Benício, Luciana Paes, Irandhir Santos, Ernani Moraes, Jiddu Pinheiro, Camila Morgado, Humberto Carrão
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