CineBliss faz uma lista com 10 filmes de países participantes da Copa do Mundo da Rússia


Se a Copa do Mundo da Rússia vem contagiando à todos ao redor do mundo, o universo cinematográfico não fica atrás com diversos filmes magníficos de países participantes que estrearam nas telonas aqui no Brasil. Mesmo com o evento esportivo prestes à dizer adeus, os longas-metragens podem ser vistos nos cinema ou em canais pagos e, para isso, o blog CineBliss fez uma seleção com os melhores títulos de alguns países cujos lançamentos ocorreram no primeiro semestre de 2018.  


Brasil
As boas maneiras (As boas maneiras)
Direção: Juliana Rojas, Marco Dutra
Roteiro: Juliana Rojas, Marco Dutra
Produção: Clément Duboin, Frédéric Corvez, Sara Silveira
2017 

O filme brasileiro "As boas maneiras" (2017), de Juliana Hojas e Marco Dutra, mistura suspense com terror ao retratar a jovem grávida Ana (Marjorie Estiano) quando contrata Clara (Isabél Zuaa), uma enfermeira da periferia de São Paulo para ajudá-la nos preparativos da chegada do bebê e como futura babá. Ana ao entrevistar Clara para o emprego, diz querer uma pessoa discreta que não faça fofocas de sua vida. Conforme a gravidez vai avançando, os motivos para tal recomendação vai se revelando. Durante uma noite de lua cheia, a grávida começa a ter comportamentos estranhos, fazendo com que afete diretamente a vida da enfermeira. O longa-metragem ganhador do prêmio de Melhor Filme no Festival do Rio 2017, aborda por meio do gênero do terror um retrato social do país com as diferenças de classes e raças, além da questão do feminino.





Rússia
Sem amor (Nelyubov)
Direção: Andrey Zvyagintsev
Roteiro: Andrey Zvyagintsev, Oleg Negin
Produção: Gleb Fetisov, Sergey Melkumov
2017

O filme indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro este ano, "Sem Amor", de Andrei Zvyagintsev (Leviatã) narra a inquietante jornada familiar do casal Zhenya (Maryana Spivak) e Boris (Aleksey Rozin) frente ao sumiço do filho de 12 anos. Em meio a um divórcio conturbado, ambos já estão com novos parceiros e querem o quanto antes iniciarem uma nova vida. No entanto, antes de rumarem para outros caminhos, os dois vão ter que lidar com o desaparecimento cujo desenrolar da busca marcará a vida de cada um dos envolvidos. 




França
120 batimentos por minuto (120 Battements par minute)
Direção: Robin Campillo
Roteiro: Philippe Mangeot, Robin Campillo
Produção: Hugues Charbonneau, Marie-Ange Luciani
2017

"120 batimentos por minuto", do diretor francês Robin Campillo, logrou o Grande Prêmio do Júri em Cannes o ano passado e foi representante da França na disputa do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Nessa emocionante narrativa situada em Paris, de 1990, o grupo de ativistas Act Up esforça-se em conscientizar a população sobre os métodos de prevenção e tratamento da AIDS. Em meio as acaloradas discussões dos envolvidos encontra-se o dedicado Sean (Nahuel Pérez Biscayart) que logo se apaixona pelo recém chegado Nathan (Arnaud Valois).



Inglaterra
O destino de uma nação (Darkest Hour)
Direção: Joe Wright
Roteiro: Anthony McCarten
Produção: Anthony McCarten, Douglas Urbanski, Eric Fellner, Lisa Bruce, Tim Bevan
2018

O ator britânico Gary Oldman, logrou o Oscar de Melhor Ator em 2018 com a performance de Winston Churchill no filme "O destino de uma nação"(2018), do diretor Joe Wright (Desejo e reparação). O longa-metragem, narra a posse de Churchill como primeiro ministro inglês e, os desafios do cargo perante um dos momentos mais cruciais da história no século XX: combater a invasão alemã na Europa. A narrativa é focada na liderança do primeiro ministro nos momentos de decisões importantes durante a II Guerra Mundial.





Alemanha
Em pedaços (Aus Dem Nichts)
Direção: Fatih Akin
Roteiro: Fatih Akin, Hark Bohm
Produção: Ann-Kristin Hofmann, Fatih Akin, Herman Weigel, Nurhan Sekerci-Porst
2017

O vencedor do Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro em 2018, "Em pedaços" (2017), do alemão de ascendência turca Fatih Akin (Do outro lado; Soul Kitchen), retrata o drama inquietante do conflito da mãe e esposa Katia Sekerci (Diane Kruger), quando é surpreendida com a morte do marido e do filho de sete anos, por causa de uma bomba caseira deixada do prédio. Logo, a investigação policial descobre que a bomba fora abandonada propositalmente por um casal de alemães neonazistas. Atormentada pela busca por justiça, Katia vai até as últimas consequências para vingar-se da perda de seus amados.
A atriz Diane Kruger, que logrou o prêmio de Melhor Atriz em Cannes ano passado pelo filme, dilacera o âmago do sofrimento e do luto, entregando uma performance arrebatadora. O final do filme, surpreende a todos com um tema atual e um soco no estômago. Imperdível!
Leia mais em: Em pedaços



Espanha
A livraria (The Bookshop)
Direção: Isabel Coixet
Roteiro:  Isabel Coixet
Produção: Adolfo Blanco, Chris Curling, Jaume Banacolocha, Joan Bas
2017

O filme vencedor do prêmio Goya 2018 de Melhor Filme, "A livraria" (2017), da diretora Isabel Coixet (A vida secreta das palavras; Minha vida sem mim), é baseado no romance homônimo de Penelope Fitzgerald em que apresenta a trajetória da viúva Florence Green (Emily Mortimer), quando decide abrir uma livraria em um vilarejo, na cidade litorânea de Hardborough, na Inglaterra, em 1959.
Neste local, ela busca curar-se do luto e reconstruir sua vida com o estabelecimento. No entanto, algumas pessoas se tornam contrárias a sua presença, bem como outras tantas criam laços afetivos de amizade com sua pessoa. Uma história de superação que possivelmente contagiará o coração do público.
Leia mais em: A livraria




Suécia
The square - A arte da discórdia (The Square)
Direção: Ruben Östlund
Roteiro: Ruben Östlund
Produção:  Erik Hemmendorff, Philippe Bober
2017

A comédia dramática vencedora da Palma de Ouro em 2017 "The square - A arte da discórdia", do diretor Ruben Östlund, tem no gerente de museu Christian (Claus Bang) o narrador para as mais absurdas peripécias na busca por promover uma nova instalação no museu. Para isso, Christian contrata uma agência de relações públicas cujo trabalho acaba gerando diversos embaraços.




Japão
O terceiro assassinato (Sandome no Satsujin)
Direção: Hirokazu Koreeda
Roteiro: Hirokazu Koreeda
Produção: Hijiri Taguchi, Kaoru Matsuzaki
2017 

O renomado diretor japonês Hirokazu Korreda, conhecido por filmes como "Minha irmã mais nova" (2015) e "Pais e filhos" (2013), lançou recentemente sua mais nova obra "O terceiro assassinato" (2017), que faz parte da seleção oficial do Festival de Veneza 2017. Na narrativa, o prestigiado advogado Shigemori (Masaharu Fukuyama) é obrigado a defender o caso de suspeito de roubo e assassinato de Mikuma (Koji Yakusho). O réu que já cumpriu mais de 30 anos na cadeia por outros dois homicídios assumiu a culpa livremente, mesmo sabendo que isso pode levá-lo a pena de morte. Conforme Shigemori se aprofunda no caso e começa a ouvir as testemunhas, dúvidas surgem sobre a culpabilidade ou possível inocência de Mikuma. 




Coreia do Sul
O dia depois (Geu-Hu)
Direção: Hong Sang-soo
Roteiro: Hong Sang-soo
Produção: Kang Taeu
2017 

O novo filme do diretor sul-coreano Hong Sang-soo, "O dia depois"(2017), apresenta um drama centrado no personagem de Bongwan (Hae-hyo Know), quando retrata o momento confuso desse homem casado, crítico literário e dono de uma editora, que numa manhã é indagado pela esposa sobre os rumos do casamento. Nesse mesmo dia, a jovem Areum (Kim Min Hee) inicia seu trabalho na editora de Bongwan. Impulsionada em fazer um bom serviço, ela logo depara-se com uma situação inusitada ao ser confundida com a amante de seu patrão pela esposa. O embaraço no primeiro dia de serviço, faz com que a Areum questione trabalhar ou não nesse emprego, já que seu empregador aparenta estar indeciso sobre a vida.
Assim como em "Você e o seus"(2016), o diretor Hong Sang-soo em "O dia depois", trabalha com personagens indecisos sobre suas vidas amorosas e, como isso afeta as pessoas ao redor de um modo um tanto quanto irônico.




Argentina
Zama (Zama)
Direção: Lucrecia Martel
Roteiro: Lucrecia Martel
Produção: Benjamín Doménech, Matias Roveda, Santiago Gallelli, Vania Catani
2016

A consagrada cineasta argentina Lucrecia Martel lançou seu mais recente trabalho, "Zama" (2016), numa produção com a brasileira Vania Catani. Nessa narrativa histórica centrada na América do Sul, encontra-se o oficial da coroa espanhola Don Diego Zama (Daniel Giménez Cacho), na espera de uma autorização do Rei para transferir-se para um lugar melhor. Esse longo aguardo faz com que Zama se submeta forçosamente a todas as tarefas que lhe são incumbidas sem se opor. No entanto, logo observa que essa transferência talvez nunca acontece, o que o permite juntar-se à um grupo de soldados com missão de capturar um bandido.
Uma narrativa com ritmo lento e detalhista, que possibilita aprofundar-se na forma burocrática e violenta de colonização europeia empregada na América do Sul.


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