As relações humanas costumam ser nutridas por demonstrações de amor, generosidade, alegria, raiva, conflitos, ódio, entre tantas outras emoções. Geralmente, quando essas relações estão no âmbito familiar, esses sentimentos permitem-se manifestar com maior intensidade. No caso específico do longa-metragem alemão, "Toni Erdmann" (2016), da diretora Maren Ade (Todos os outros), o vínculo afetivo corresponde ao pai Winfried (Peter Simonischek) e sua filha Ines (Sandra Hüller).
Essa relação entre pai e filha - sem um motivo particular, é fundamentada pela apatia e distanciamento, por parte de Ines. Winfried, incomodado com o comportamento da filha, decidi reverter a situação e buscar uma aproximação. Após perder seu cachorro de estimação, tira férias e visita Ines em Bucareste. Em seu universo de mulher de negócios, Ines, ora está no trabalho, ocupada ora no celular. O seu entorno é um mundo corporativo, sustentado por laços desumanos e de frieza. Para surpresa de Ines, essa figura paterna simpática, tem outros planos para desfrutar de momentos ao lado da filha.
Winfried, evoca o seu lado humano através da originalidade e do humor, para criar um personagem chamado, Toni Erdmann. Esse senhor com direito à peruca e dentadura - um tanto quanto escrachado, ora se passa por coach ora por embaixador, para aproximar-se de sua primogênita. Toni Erdmann, utiliza-se dos artifícios do humor e da imaginação, para surpreender Ines e seus amigos, em diversas ocasiões. Em cada uma delas, é um deleite de diversão e demonstração afetiva, para o que realmente importa na vida - às relações.
O filme, com um roteiro consistente e sensível, repercuti de maneira sublime essa busca humana por querer estar próximo das pessoas que se amam. Não é à toa, que a história alemã terá uma versão americana, com nada menos que Jack Nicholson, no papel principal.
Em total sintonia com a narrativa, tem-se a fotografia com sua paleta de cores frias e gélidas, assim como, o silêncio em várias cenas, como elementos de manifestação dessa relação, pautada pelo âmago do vazio. Toni Erdmann surge num momento oportuno para a atual sociedade, ao demonstrar que o humor pode resgatar diversos corações gelados de amor. Vale lembrar que o filme, está concorrendo ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
CineBlissEK
O filme, com um roteiro consistente e sensível, repercuti de maneira sublime essa busca humana por querer estar próximo das pessoas que se amam. Não é à toa, que a história alemã terá uma versão americana, com nada menos que Jack Nicholson, no papel principal.
Em total sintonia com a narrativa, tem-se a fotografia com sua paleta de cores frias e gélidas, assim como, o silêncio em várias cenas, como elementos de manifestação dessa relação, pautada pelo âmago do vazio. Toni Erdmann surge num momento oportuno para a atual sociedade, ao demonstrar que o humor pode resgatar diversos corações gelados de amor. Vale lembrar que o filme, está concorrendo ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
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Ficha técnica:
Toni Erdmann (Toni Erdmann)
2016, Alemanha
Direção: Maren Ade
Roteiro: Maren Ade
Produção: Janine Jackowski, Jonas Dornbach, Michel Merkt, Sava Lolov
Fotografia: Patrick Orth
Elenco: Peter Simonischeck, Sandra Huller, Radu Banzuru,
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